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Libertado alegado "cérebro" de atentados de Bombaim

O Paquistão libertou o alegado "cérebro" dos atentados de Bombaim, que causaram 166 mortos em 2008, informaram hoje fontes prisionais e políticas, uma decisão suscetível de aumentar a tensão com a vizinha Índia.

Libertado alegado "cérebro" de atentados de Bombaim
Notícias ao Minuto

12:23 - 10/04/15 por Lusa

Mundo Paquistão

Zakiur Rehman Lakhvi, considerado o "cérebro" do ataque sangrento contra vários locais de Bombaim, entre os quais um hotel de luxo, foi libertado sob caução e encontra-se num local secreto por razões de segurança, precisaram as fontes.

A libertação do presumível "cérebro" dos atentados de Bombaim representa um "insulto" para as vítimas, reagiu um porta-voz do Ministério do Interior indiano.

Lakhvi, um dos sete suspeitos acusados e presos no Paquistão em relação com os ataques, foi libertado na quinta-feira à noite ou hoje de manhã.

"Recebemos documentos que permitiam a sua libertação na quinta-feira à noite e ele foi libertado da prisão de Adiala", próxima de Islamabad, declarou à agência France Presse um responsável da administração prisional que não quis ser identificado.

A libertação foi confirmada à AFP por um alto responsável da Jamaat-ud-Dawa (JuD), influente organização islamita paquistanesa suspeita pela Índia de estar ligada aos atentados de Bombaim e que defende Lakhvi.

A libertação sob caução de Lakhvi já tinha sido ordenada por várias vezes nos últimos meses pela justiça paquistanesa, mas foi sendo adiada.

Na quinta-feira, o Supremo Tribunal de Lahore (leste) "suspendeu a ordem de detenção" de Lakhvi e "autorizou a sua libertação após a entrega de duas cauções de um milhão de rupias cada", cerca de 18.600 euros, declarou à AFP o seu advogado, Rizwan Abbasi.

A Índia acusa o Lashkar-e-Taiba, braço armado da JuD, organização de caridade considerada próxima dos serviços secretos paquistaneses, de ter realizado os atentados de Bombaim.

Os ataques continuam a afetar as relações entre a Índia e o Paquistão. Nova Deli acusa o vizinho de deixar arrastar o processo judicial e Islamabad responde que ela não apresentou as provas necessárias para julgar os acusados.

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