Libertado alegado "cérebro" de atentados de Bombaim
O Paquistão libertou o alegado "cérebro" dos atentados de Bombaim, que causaram 166 mortos em 2008, informaram hoje fontes prisionais e políticas, uma decisão suscetível de aumentar a tensão com a vizinha Índia.
© Reuters
Mundo Paquistão
Zakiur Rehman Lakhvi, considerado o "cérebro" do ataque sangrento contra vários locais de Bombaim, entre os quais um hotel de luxo, foi libertado sob caução e encontra-se num local secreto por razões de segurança, precisaram as fontes.
A libertação do presumível "cérebro" dos atentados de Bombaim representa um "insulto" para as vítimas, reagiu um porta-voz do Ministério do Interior indiano.
Lakhvi, um dos sete suspeitos acusados e presos no Paquistão em relação com os ataques, foi libertado na quinta-feira à noite ou hoje de manhã.
"Recebemos documentos que permitiam a sua libertação na quinta-feira à noite e ele foi libertado da prisão de Adiala", próxima de Islamabad, declarou à agência France Presse um responsável da administração prisional que não quis ser identificado.
A libertação foi confirmada à AFP por um alto responsável da Jamaat-ud-Dawa (JuD), influente organização islamita paquistanesa suspeita pela Índia de estar ligada aos atentados de Bombaim e que defende Lakhvi.
A libertação sob caução de Lakhvi já tinha sido ordenada por várias vezes nos últimos meses pela justiça paquistanesa, mas foi sendo adiada.
Na quinta-feira, o Supremo Tribunal de Lahore (leste) "suspendeu a ordem de detenção" de Lakhvi e "autorizou a sua libertação após a entrega de duas cauções de um milhão de rupias cada", cerca de 18.600 euros, declarou à AFP o seu advogado, Rizwan Abbasi.
A Índia acusa o Lashkar-e-Taiba, braço armado da JuD, organização de caridade considerada próxima dos serviços secretos paquistaneses, de ter realizado os atentados de Bombaim.
Os ataques continuam a afetar as relações entre a Índia e o Paquistão. Nova Deli acusa o vizinho de deixar arrastar o processo judicial e Islamabad responde que ela não apresentou as provas necessárias para julgar os acusados.
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