Exploração de metais transformou Baotou num lago tóxico
A região chinesa é uma das mais poluídas do mundo. Elementos desenterrados servem para criar alguns dos produtos mais procurados em todo o mundo.
© Reuters
Mundo China
A evolução tecnológica da sociedade moderna tem colocado os recursos raros do planeta na lista de mais procurados pela indústria.
Uma zona remota da região autónoma da Mongólia, na China, é o ‘espelho’ mais fiel do impacto da exploração de metais e outros materiais raros. Segundo a BBC, Baotou é uma das regiões mais ‘ricas’ em recursos naturais do mundo, sendo estimado que contenha cerca de 70% das reservas de elementos raros utilizados em todo o mundo.
A prospeção nas minas da região começou em 1950, quando a cidade tinha cerca de 97 mil habitantes. Hoje em dia, vivem mais de 2,5 milhões de pessoas em Baotou, a maior parte trabalhadores nas indústrias dos arredores.
Décadas de exploração tiveram, no entanto, efeitos visíveis no ambiente da região. Centenas de quilómetros são agora ocupados por um lago tóxico, alimentado por tubos que despejam os resíduos das fábricas.
Centenas de pessoas sofrem de doenças e infeções devido aos gases tóxicos. “As empresas de tecnologia estão constantemente a incentivar-nos a comprar um tablet ou um telemóvel novo”, diz um habitante entrevistado pela BBC, “mas não se podem esquecer que tudo começa num lugar como Baotou, com um lago tóxico terrível, que se estende até perder de vista”.
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