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Último macho da espécie depende de homens armados

O marfim continua a ser um produto apetecido no mercado negro. No Quénia, sobrevive um macho rinoceronte que é o último da sua espécie. É protegido como poucos chefes de Estado.

Último macho da espécie depende de homens armados
Notícias ao Minuto

12:04 - 15/04/15 por Notícias Ao Minuto

Mundo Natureza

O rinoceronte branco é uma espécie que já anda pelo planeta Terra há 50 milhões de anos. Mas a ascensão dos seres humanos mudou radicalmente a história desta espécie. No Sudão, o último macho desta espécie, já com 40 anos, continua vivo. E o Homem tenta compensar um erro de séculos: durante 24 horas por dia, este animal é guardado por homens armados até aos dentes.

Este macho chama-se Sudan e vive com duas fêmeas da sua subespécie, no Ol Pejeta Conservancy, no Quénia. Conta o Huffington Post que os homens que o guardam têm um emprego que não é fácil: por vezes têm de colocar a própria vida em jogo para proteger o animal.

A razão? Os homens que ganham a vida vendendo marfim e que não olham a meios para obter lucro. Nos anos 60 ainda havia cerca de dois mil rinocerontes brancos, segundo números da World Wide Fund for Nature. Em 1984, já eram apenas 15.

Sudan, por ser o último da sua espécie, é um alvo ainda mais apetecível. Razão pela qual a organização que cuida dele optou já por lhe retirar o cobiçado corno. Foi a solução extrema encontrada para diminuir as probabilidades de alguém o matar só para poder obter o marfim do seu corno, que no mercado negro chega a ser avaliado em 75 mil dólares o quilo.

No último mês, com o objetivo de tentar recuperar esta subespécie de mamíferos de grande porte que estão já à beira da extinção, o Ol Pejeta Conservancy lançou uma campanha de angariação de fundos no GoFundMe.

Até há pouco ainda só tinham cerca de seis mil euros. Mas como a história de Sudan começou a circular pela imprensa internacional, os números hoje dão alguma esperança: foram já angariados mais de 25 mil libras, um terço do objetivo. Se tudo correr pelo melhor, talvez não seja no tempo da nossa geração que vamos ver uma espécie com 50 milhões de anos desaparecer da face da Terra.

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