"A hipótese de uma intervenção militar (na Líbia) não está em cima da mesa, mas o que é possível são intervenções seletivas para eliminar atividades criminosas", disse Renzi à imprensa após um encontro com o homólogo de Malta, Joseph Muscat.
"Ataques contra o negócio criminoso da morte, ataques contra os esclavagistas, fazem parte da reflexão", disse, acrescentando que equipas do Ministério da Defesa italiano estão a avaliar as possibilidades.
"As hipóteses técnicas são estudadas por técnicos", designadamente "equipas da Defesa", afirmou Renzi, citado pela agência France Presse.
O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Paolo Gentiloni, já tinha evocado há uns dias a possibilidade de ataques seletivos contra os traficantes de seres humanos que angariam imigrantes clandestinos.
Numa entrevista ao jornal Corriere della Sera, o ministro evocou "ações antiterroristas seletivas, por exemplo no âmbito da coligação" contra o grupo extremista Estado Islâmico, "ações contra o tráfico de seres humanos".
Na conferência de imprensa conjunta com Muscat, cujo país está a receber cadáveres resgatados do Mediterrâneo na sequência do naufrágio de domingo, que segundo sobreviventes terá morto 700 a 900 pessoas, Renzi voltou a sublinhar a necessidade de uma resposta europeia.
"Não podemos fechar os olhos ao que se estão a passar. A crise humanitária não deve ter só uma resposta de Itália e de Malta. Aquilo que Itália e Malta estão a fazer tem de converter-se numa prioridade comunitária", disse.