Idosos devem "morrer rapidamente" para poupar o Estado, diz ministro japonês

O ministro das Finanças do novo governo japonês afirmou que os idosos doentes devem “morrer rapidamente” para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos.

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Lusa
22/01/2013 18:18 ‧ 22/01/2013 por Lusa

Mundo

Polémica

“Deus queira que (os idosos) não sejam forçados a viver até quando quiserem morrer” disse Taro Aso durante uma reunião, em Tóquio, sobre as reformas da segurança social.

Segundo o jornal britânico Guardian, o ministro está a ser alvo de fortes críticas por declarações como: “O problema não tem solução, a não ser que os deixemos morrer, e depressa".

O mesmo ministro chamou ainda “entubados” aos doentes que já não se conseguem alimentar pelas próprias mãos e acrescentou que “o ministro da Saúde está consciente das despesas de saúde por paciente”.

De acordo com o Guardian, os comentários de Aso são motivo de ofensa no Japão, onde um quarto da população, de cerca de 130 milhões de habitantes, tem mais de 60 anos de idade.

O ministro das Finanças, neto de um primeiro-ministro do pós-guerra, já foi também chefe do Executivo e ministro dos Negócios Estrangeiros, e é conhecido pelas declarações polémicas: foi considerado particularmente insultuoso para com os doentes de Alzheimer e em 2001 afirmou que gostava que o “Japão fosse o país em que os judeus ricos gostassem de viver”.

Um relatório divulgado na segunda-feira em Tóquio indica que mais de dois milhões de japoneses dependem da segurança social.

O novo governo do primeiro-ministro Shinzo Abe foi eleito no passado mês de Dezembro e espera-se para breve o anúncio de novas medidas sociais.

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