Esta medida, que vai ser hoje anunciada durante uma visita de Obama a Camden, no Estado de New Jersey (leste), integra um plano de ações que visa melhorar a relação entre as forças policiais e a população, após os incidentes ocorridos nos últimos meses em várias cidades norte-americanas.
Ferguson, no Estado do Mississipi, e Baltimore, no Maryland, foram dois dos principais cenários dos protestos e dos incidentes relacionados com a violência policial nos Estados Unidos, depois da morte de dois jovens afro-americanos.
Durante os incidentes, muitas vozes denunciaram uma militarização excessiva da polícia norte-americana.
Na intervenção em Camden, o chefe de Estado norte-americano vai salientar a necessidade de restaurar a confiança entre as forças policiais e as comunidades "com as quais assumiram o compromisso de proteger e de servir", indicou a mesma fonte.
Um dos objetivos da administração norte-americana é "modificar a maneira como a polícia interage com as comunidades", acrescentou a Casa Branca.
Com base nas recomendações de um grupo de trabalho, criado em dezembro de 2014, Barack Obama decidiu proibir a polícia norte-americana de utilizar determinado equipamento militar, nomeadamente veículos blindados com lagartas, armas de grande calibre e lança-granadas.
Para outro tipo de equipamento, incluindo material anti-distúrbios e certas armas e munições, as condições de aquisição e de utilização passam a ser mais rigorosas e restritas.
Segundo a agência de logística do Pentágono (Departamento da Defesa norte-americano), o exército forneceu em 2013 às polícias locais norte-americanas material militar equivalente a 450 milhões de dólares (cerca de 396 milhões de euros). Entre esse equipamento estavam óculos de visão noturna e vários veículos blindados.