Numa declaração divulgada pela Internet, o grupo radical reivindicou o atentado, afirmando que foi planeado e executado por "soldados do califado".
Segundo o ministério do interior saudita, o bombista detonou o cinto de explosivos que levava debaixo da roupa durante a oração do meio-dia de sexta-feira na mesquita dalocalidade de Al Qadih, na província de Al Qatif.
A cerimónia é a mais importante da semana para os muçulmanos, pelo que a mesquita estava cheia de fiéis, e as autoridades citadas pela Al Jazeera antecipam que o número de mortos aumente nas próximas horas.
Os centros médicos de Al Qatif estão em alerta para receber as vítimas, e o hospital principal da província apelou à população para que doe sangue.
Numa gravação divulgada em novembro, atribuída ao líder do grupo terrorista autodenominado "Estado Islâmico", Abu Bakr Al-Baghdadi, apelava-se à guerra contra os xiitas sauditas, a família real Al Saud e os soldados do reino arábico.
No mesmo mês, foi executado um atentado também contra uma mesquita xiita do leste do país, que provocou oito mortos e motivou a prisão pelas autoridades de 77 pessoas supostamente implicadas e que estariam às ordens do "Estado Islâmico".
Os xiitas compõem cerca de 10 por cento da população da Arábia Saudita, predominantemente sunita, e concentra-se em duas zonas do país, no leste junto à costa do golfo pérsico e no sudoeste, junto ao Iémen.
A população xiita acusa as autoridades sunitas do reino árabe de discriminação e marginalização.
No vizinho Iraque, a alegada opressão da população sunita por parte do governo xiita daquele país é uma das justificações frequentemente usadas para explicar o implantar do "Estado Islâmico" nas zonas de maioria sunita.