A crescente popularização das selfies tem chamado a atenção de vários cientistas e investigadores que tentam perceber o que está por detrás desta atitude.
Um estudo publicado pelo ABC revela que aquele seu amigo ou amiga que passa a vida a publicar fotografias suas nas mais diversas situações – ginásio, a dormir, passear, a comer – pode, afinal, sofrer de problemas psicológicos, nomeadamente falta autoestima, que tenta disfarçar mostrando-se como uma pessoa ativa e sempre sorridente.
Um estudo realizado na Universidade de Brunel, em Londres, analisou 555 perfis de usuários do Facebook e concluiu que as pessoas que publicam com grande frequência selfies agem por narcisismo.
Refere o estudo que os casais que teimam em mostrar a sua felicidade lado a lado são por vezes os que têm menor autoestima e confiança na sua relação. Já os que passam a vida a mostrar fotos no ginásio são aquelas que mais ‘gostos’ recebem, logo são fotos partilhadas por aqueles que mais atenção precisam.
O fenómeno tem sido estudado por diversos investigadores. Há alguns anos, a revista Personality and Individual Differences publicava um estudo realizado a 800 homens entre os 18 e 40 anos, que concluiu que os homens que partilhavam mais selfies eram mais propensos a sofrer de psicopatia, uma desordem de personalidade caracterizada por um comportamento antissocial.