De acordo com informação oficial divulgada pela direção de saúde pública do Governo Provincial de Luanda, estão no terreno enfermeiros, médicos, epidemiologistas e técnicos do programa de luta antivectorial.
Além do tratamento aos doentes afetados em 2015, esta equipa de profissionais de saúde pública está igualmente a recolher amostras, nomeadamente da água, para posterior análise no Laboratório Nacional de Saúde Pública.
Transmitida por uma mosca preta, denominada "zimúlio", a oncocercose é geralmente encontrada em regiões próximas de rios e com vegetação abundante, provocando igualmente infeções na pele, que se manifestam pela despigmentação e prurido persistente, sendo conhecida precisamente por "cegueira dos rios", pela sua consequência mais gravosa.
De acordo com dados da Programa Africano de Luta Contra a Oncocercose (APOC), esta doença coloca em risco - pela cegueira - mais de 2,5 milhões de pessoas em 44 municípios de Angola, sendo endémica em nove das suas 18 províncias.
O Governo angolano tem em execução oito projetos sob direção comunitária, que cobrem mais de 3.240 comunidades endémicas, apoiadas pela Organização Mundial de Saúde e o APOC.
Entre 2005 e 2010, Angola beneficiou de uma contribuição financeira do APOC, para combater esta doença, na ordem dos 1,3 milhões de dólares (1,1 milhões de euros).