Uma menina de seis anos aterrou no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. A menina, oriunda dos Camarões mas de nacionalidade francesa, viajava sozinha com toda a documentação necessária. A mãe esperava-a lá fora. Mas teve de esperar durante três dias.
Conta a Associated Press, que a rapariga de seis anos só foi libertada sob ordens do juiz, três dias depois de ter sido detida. No aeroporto, as autoridades francesas terão desconfiado que a rapariga viajava com um passaporte falso. E tudo porque achavam que a fotografia no documento não correspondia ao rosto da menina.
O advogado da menina, Sidonie Leoue, revelou que a menina esteve durante três dias numa creche especial, a cargo da polícia, até ser presente a tribunal.
Perante o juiz, foi pedido à menina que identificasse a mãe, além de lhe terem sido mostradas fotografias, onde tinha de identificar a professora e colegas da escola onde andou em França. A rapariga respondeu bem às perguntas todas, o juiz admitiu que a detenção tinha sido um erro e deixou-a sair. Mas desde que o caso foi conhecido na sexta-feira em França que tem gerado debate sobre a forma como as autoridades tratam migrantes sem documentos.
A atuação da polícia tem sido defendida pelas autoridades, sob o argumento de que estavam apenas a fazer o seu trabalho. Mas o erro – e tudo pela desconfiança em relação a uma fotografia num documento – levou o advogado a considerar que “é inadmissível que menores fiquem detidos assim, especialmente por uma razão destas”, critica.
