Três mortos em atentado-suicida na cidade de Derna

Pelo menos três pessoas morreram e cinco ficaram feridas hoje num atentado-suicida perpetrado com um veículo armadilhado na cidade de Derna, considerada o bastião do ramo líbio do grupo extremista Estado Islâmico, indicaram testemunhas.

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© Reuters

Lusa
13/06/2015 ‧ 13/06/2015 por Lusa

Mundo

Estado Islâmico

A cidade, situada na costa leste da Líbia, a poucas centenas de quilómetros do Egito, é desde terça-feira palco de intensos combates entre 'jihadistas' do Estado Islâmico (EI), que controlam a maior parte da área urbana, e membros do grupo islâmico Maylis al-Shura, leal ao Governo considerado rebelde de Tripoli.

Na sexta-feira, sete pessoas morreram e 30 ficaram feridas em Derna num incidente entre os 'jihadistas' e seguidores do Maylis al-Shura que os combatem, indicaram à agência espanhola Efe fontes da segurança da vizinha cidade de Bengasi.

De acordo com a milícia leal a Tripoli, pelo menos nove 'jihadistas' morreram também nos combates de sexta-feira, que se sucedem desde que, na terça-feira, o EI assassinou um dos líderes do Maylis al-Shura.

Fontes da segurança em Bengasi asseguram que o braço líbio do EI perdeu terreno nesta cidade portuária, a segunda da Líbia, e sofreu grandes derrotas em vários dos seus bairros, informação ainda não confirmada por outras fontes.

A Líbia é um Estado falido, vítima do caos e da guerra civil, desde que em 2011 a comunidade internacional contribuiu para derrubar o regime ditatorial de Muammar Kadhafi.

Desde há meses, dois Governos, um considerado rebelde estabelecido em Tripoli, e outro internacionalmente reconhecido com sede em Tobruk, lutam pelo poder apoiados por milícias islâmicas e militares do antigo regime.

Nos últimos meses, o braço líbio do EI aproveitou esta disputa para consolidar a sua posição na cidade de Derna, no leste do país, e avançar até à localidade central costeira de Sirte, a cerca de 435 quilómetros de Tripoli, que, segundo a organização, já controla.

Há algumas semanas, o EI da Líbia cometeu também um atentado na cidade de Misrata, último grande bastião de resistência antes de chegar à capital, e conseguiu avanços militares em Bengasi, segunda cidade do país e palco, desde há um ano, de intensos combates entre as forças leais aos dois Governos em disputa.

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