Nações Unidas criticam detenção de opositores venezuelanos
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al Husein, criticou hoje as condições de detenção de diversos opositores na Venezuela, questionando ainda a legalidade do processo.
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Mundo Alto Comissário
"Estou seriamente preocupado com a legalidade e as condições destas pessoas detidas que exerciam pacificamente a sua liberdade de expressão e de reunião", afirmou Zeid Ra'ad al Husein, na abertura de uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Suíça.
O responsável frisou que alguns opositores estão a cumprir há várias semanas uma greve de fome, situação que aumenta a preocupação da organização internacional.
"Devem ser libertados rapidamente e de forma incondicional", reforçou o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.
Zeid Ra'ad al Husein também referiu a ocorrência de situações de "perseguição, ameaças e de insultos públicos" contra os defensores dos Direitos Humanos na Venezuela, especialmente contra aqueles que saíram do país para testemunhar diante das Nações Unidas e de outras instâncias na América Latina.
"Eu e o Alto Comissariado estamos disponíveis para dialogar com as autoridades e outras entidades, de forma a garantir que os Direitos Humanos de todos os venezuelanos são respeitados e para definir um caminho positivo para o futuro", declarou ainda o representante.
Os opositores venezuelanos Leopoldo López e Daniel Ceballos iniciaram em maio último uma greve de fome para exigir a libertação de presos políticos e o agendamento de uma data para a realização de eleições legislativas.
O ex-autarca Daniel Ceballos suspendeu, na quinta-feira, a greve de fome que mantinha há mais de 20 dias, mas Leopoldo López mantém o protesto.
Estes dois opositores estão detidos há mais de um ano e são acusados de crimes relacionados com os atos de violência que ocorreram durante protestos antigovernamentais.
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