Rousseff visitou hoje o Vale do Silício e reuniu-se com o presidente executivo do Google, Erick Schmidt, em busca de parcerias para estimular a indústria da tecnologia e da inovação no Brasil.
A Presidente brasileira também se encontrou com autoridades das Universidades da Califórnia e de Berkeley, para ampliar o intercâmbio de investigadores e alunos.
Rousseff deslocou-se ainda ao antigo Instituto de Pesquisa da Universidade de Stanford, o SRI International, para se encontrar com a ex-secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice e com empresários do setor aeroespacial, além de realizar uma visita à NASA. Após a visita ao Centro de Pesquisas da entidade, Dilma regressa ao Brasil.
O ponto alto da visita de Rousseff aos Estados Unidos ocorreu na terça-feira, com a reunião bilateral com Obama, por si classificada como o "relançamento" das relações entre os países, dois anos após as denúncias de espionagem terem causado o cancelamento de sua viagem para aquele país.
Os dois Presidentes anunciaram, em Washington, um acordo climático para a realização de uma série de iniciativas conjuntas, entre elas o alcance, pelos dois países, de uma participação de 20 por cento de fontes renováveis para a geração de energia elétrica, com exceção da hidroelétrica. O Brasil comprometeu-se também a reflorestar 12 milhões de hectares até 2030 e combater a desmatação.
O encontro entre os chefes de Governo resultou, também, na assinatura de um memorando de entendimento sobre facilitação de comércio que prevê a realização de reuniões para o intercâmbio de experiências ainda este ano.
Segundo o Governo brasileiro, a intenção é duplicar o comércio entre os dois países em dez anos. Também foram celebradas parcerias na área da Previdência Social e na facilitação da entrada de viajantes frequentes nos Estados Unidos.
Na segunda-feira, em Nova Iorque, Rousseff participou num fórum de empresários, no qual apresentou as oportunidades de investimento no programa de logística brasileiro, nomeadamente em infraestruturas e geração de energia.
A busca por investimentos no Brasil também foi o tema de encontros com Rupert Murdoch, dono do "The Wall Street Journal", e com Henry Kissinger, ex-assessor do Presidente Richard Nixon.