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Embaixador EUA chamado a esclarecer novas acusações espionagem
O embaixador dos Estados Unidos na Alemanha foi hoje convidado a deslocar-se à chancelaria alemã para explicar as novas acusações de espionagem de vários ministros alemães, disse uma fonte governamental.
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Mundo Casos
"Confirmamos que o embaixador dos EUA (John) Emerson foi convidado a vir à chancelaria" para explicar as ações de espionagem da agência de segurança norte-americana (NSA, sigla em inglês), afirmou a mesma fonte.
O diário alemão Frankfurter Allgemeine noticiou que Peter Altmaier, chefe de gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel, tinha pedido a reunião.
A mesma fonte não precisou se a reunião já se realizou e a embaixada dos Estados Unidos na Alemanha não quis fazer qualquer comentário, de acordo com a agência noticiosa francesa AFP.
Os 'media' alemães noticiaram na quarta-feira que novos documentos divulgados pela WikiLeaks apresentavam evidências de que os Estados Unidos não tinham apenas colocado escutas no telemóvel de Merkel, e tinham espiado vários ministros.
As relações entre os dois países atravessam momentos de tensão desde que, em 2013, o analista dos serviços secretos Edward Snowden ter divulgado documentos sobre espionagem dos Estados Unidos no estrangeiro.
Uma investigação sobre as alegadas escutas ao telemóvel de Angela Merkel foi encerrada no mês passado por falta de provas.
O gabinete do procurador federal alemão afirmou hoje considerar reabrir a investigação às atividades da NSA na Alemanha, na sequência destas novas informações.
De acordo com os últimos documentos WikiLeaks, a NSA espiou os ministros das Finanças, Economia e Agricultura alemães, noticiou o diário Sueddeustche Zeitung.
A lista do portal WikiLeaks, que inclui ministros e vários responsáveis, aparenta datar de entre 2010 e 2012.
O atual ministro da Economia e vice-chanceler, Sigmar Gabriel, está entre os ministros espiados pela NSA, de acordo com o jornal, embora na altura estivesse na oposição.
Os documentos sobre espionagem norte-americana no estrangeiro incluíam muitos governos europeus, mas causaram maior controvérsia na Alemanha.
Numa aparente confirmação, responsáveis norte-americanos afirmaram que o telemóvel da chanceler alemã não voltaria a ser um alvo no futuro.
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