A instituição, com sede em Washington, publicou na quarta-feira um relatório sobre a economia chinesa, que incluía uma secção em que instava Pequim a acelerar a reforma do setor financeiro. Numa linguagem direta, o Banco Mundial advertia que "três décadas de um desempenho meteórico" podem chegar ao fim, caso a omnipresença do Estado chinês no setor financeiro não seja reduzida.
Neste sentido, recomendou à China que corrigisse nomeadamente "o desperdício de certos investimentos, os casos de sobre-endividamento e um sistema de financiamento opaco fracamente regulado", para que a ampla agenda de reformas seja bem-sucedida.
Contudo, dois dias depois, na sexta-feira, publicou uma correção relativa ao documento, no seu portal, dando conta de que uma parte tinha sido retirada.
"O parágrafo três sobre o setor financeiro, anteriormente incluído neste relatório, foi removido porque não foi submetido aos procedimentos habituais de verificação e validação do Banco Mundial", justificou.
Esta secção também notava que o Estado chinês exerce um forte controlo sobre a maioria dos ativos dos bancos comerciais, "tornando-o uma exceção à luz dos padrões internacionais".
Em alguns casos, realçou o BM, as autoridades eram simultaneamente proprietários, reguladores e clientes de bancos.
"A reforma financeira só vai ser eficaz se remover os incentivos distorcidos e as fracas estruturas governativas que têm afetado a forma como os recursos financeiros são mobilizados e alocados", observou a instituição.