A Rússia tem sido acusada de dar apoio logístico e militar aos separatistas pró-russos. Do outro lado deste conflito, está um governo de Kiev que, apesar de contar com apoio de Berlim e Bruxelas, não tem o mesmo apoio direto no terreno.
Agora, uma reportagem do New York Times revela que a Ucrânia recebeu ajuda, mais concretamente em zonas fronteiriças como junto à cidade de Mariupol, que conta com um importante porto e onde os combates se têm intensificado.
Em causa estão três batalhões que incluem voluntários islamitas, oriundos da Chechénia, região onde ao longo das últimas décadas o domínio russo tem sido contrariado por rebeldes, num conflito que se prolonga.
Ao jornal nova-iorquino, um dos combatentes chechenos, que se recusou a dar o nome, justifica a chegada deste algo inesperado auxílio ao governo de Kiev: “Nós gostamos de lutar contra os russos. Nós lutamos sempre contra os russos”.
Este homem, porém, não é um simples combatente. É um comandante já experiente no combate a forças russas. “Estou neste caminho há 24 anos”, ou seja, desde o final da União Soviética. “A guerra para nós nunca acabou. Nunca fugimos da nossa guerra com a Rússia e nunca fugiremos”, afirma.
Recorde-se que o conflito na Ucrânia eclodiu há mais de um ano, dividindo a Ucrânia, país onde agora há cidades sob controlo de separatistas russos.