Schäuble tomou a palavra diante do parlamento (Bundestag) para pedir o voto favorável à abertura de negociações de um terceiro resgate para a Grécia, depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, ter apresentado o acordo alcançado na zona euro como a única solução possível.
"É a última tentativa e temos uma tarefa excecionalmente difícil pela frente", sublinhou o ministro das Finanças alemão, deixando claro que o voto do Bundestag é apenas o começo de um longo caminho.
O seu objetivo nas próximas semanas, assegurou Schäuble, é trabalhar "com todas as suas forças" para chegar a uma solução que possa apresentar a todos os cidadãos alemães e dizer que está "convencido que esta solução vai funcionar".
O ministro alemão voltou a deixar claro que o acordo para o terceiro resgate nunca incluirá um corte na dívida grega e, como esta opção está descartada, advertiu que a Grécia deverá comprometer-se a empreender reformas "ainda mais difíceis" do que as incluídas nos programas de resgate anteriores.
Schäuble considerou que não se pode dizer que o segundo programa de resgate foi um fracasso, como sustentam muitos analistas, e recordou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu no outono, antes da chegada do Syriza (partido do primeiro-ministro Alexis Tsipras) ao poder, que os gregos já se encontravam num caminho adequado para a recuperação.
O objetivo de todos os membros da zona euro é que a Grécia recupere esse caminho e que seja capaz de voltar a financiar-se nos mercados cumprindo as normas da união monetária europeia, acrescentou o titular das Finanças.