Os acordos foram rubricados no final de uma visita de trabalho de quatro dias à Guiné-Bissau do primeiro-ministro de Cabo Verde, José Mária Neves.
Para além do entendimento ao nível da fiscalidade, Cabo Verde vai formar técnicos guineenses para o país ter um laboratório de controlo de qualidade de pescado, entre outras valências.
Os dois governos acordaram também sobre a possibilidade de realizar cimeiras de dois em dois anos.
O primeiro-ministro cabo-verdiano manifestou ainda vontade de ver alguns municípios do arquipélago geminados com a ilha guineense de Bolama, na sequência da sua visita a outras duas ilhas, Bubaque e Rubane.
As ligações marítimas entre os dois países poderão também ser retomadas ainda este ano.
Por outro lado, a empresa Inpharma rubricou um memorando de entendimento com o Ministério da Saude Pública guineense para o fabrico de medicamentos na Guiné-Bissau.
José Mária Neves destacou o trabalho em curso na Guiné-Bissau, um país que disse estar a "reerguer-se depois de vários anos de convulsões", tendo enaltecido o desempenho do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
Este por sua vez reconheceu que os dois países estão a criar "as sinergias necessárias para uma parceira estratégica" onde o setor privado "terá uma palavra a dizer".
"Objetivamente temos que reconhecer que nós temos um trabalho a realizar", defendeu Domingos Simões Pereira, para quem o "caminho começou a ser feito" através da criação de mecanismos que vão materializar as intenções.
Como forma de reconhecer e agradecer a contribuição dos guineenses no processo da independência da Guiné-Bissau, aliás, motivo principal da visita, o primeiro-ministro de Cabo Verde disse que decidiu oferecer medicamentos à pediatria do Hospital Simão Mendes, de Bissau.