"Essa é uma decisão que corresponde ao CNE e o próprio chefe de Estado (Nicolás Maduro) se encarregou de dizer quem é que decide e o que permite ou não", disse Vicente Bello, porta-voz da coligação opositora venezuelana Mesa de Unidade Democrática, numa conferência de imprensa em Caracas.
O Presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou, terça-feira, também durante uma conferência de imprensa em Nova Iorque, que "jamais" permitiria uma observação eleitoral internacional que "monitorize" a Venezuela, quer da Organização de Estados Americanos, quer da União Europeia.
Segundo Vicente Bello a recusa em permitir a observação eleitoral "demonstra a falta de divisão de poderes na Venezuela".
Segundo o deputado opositor Júlio César Rivas, a oposição venezuelana enviou comunicações às embaixadas dos Estados Unidos, Canadá e Chile, entre outras, pedindo que façam um acompanhamento das eleições parlamentares venezuelanas.
"A Carta Interamericana (da OEA) estabelece que, perante o risco de que se infrinja a soberania do voto, o caso pode levar-se ao Conselho Permanente da OEA e serão impostas sanções a quem violar os direitos políticos. No caso da Venezuela, solicitamos que se aplique a Carta Democrática Interamericana e se garantam eleições transparentes, sob vigilância internacional", defendeu Vicente Bello.