Moçambique está na mira do crime internacional contra a vida selvagem

O embaixador dos EUA em Maputo, Douglas Griffiths, afirmou hoje que Moçambique é cada vez mais alvo das ações de criminosos internacionais que procuram presas de elefantes e cornos de rinocerontes, lamentando a extinção de algumas espécies no país.

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Lusa
03/08/2015 17:32 ‧ 03/08/2015 por Lusa

Mundo

Estados Unidos

Griffiths referiu-se às investidas contra a vida animal selvagem em Moçambique, numa mensagem divulgada hoje por ocasião do Dia Mundial do Guarda Florestal, que se assinalou no passado dia 31.

"Estes criminosos têm cada vez mais Moçambique como alvo. A procura internacional por presas de elefante, cornos de rinoceronte, e outros produtos de origem animal tem alimentado o abate do património natural de África", diz a mensagem do diplomata americano.

A caça furtiva, prossegue o texto, já dizimou quase metade da população de elefantes de Moçambique, apenas nos últimos cinco anos e, tragicamente, os últimos rinocerontes de Moçambique foram caçados ilegalmente em 2013.

"O animal (rinoceronte) está extinto aqui. Redes criminosas transnacionais estão por detrás de grande parte da caça ilegal e tráfico de animais selvagens, privando as comunidades locais da riqueza natural que fomenta o desenvolvimento e os meios de subsistência local", diz a mensagem de Douglas Griffiths.

O embaixador norte-americano saudou o Governo de Moçambique por ter dado grandes passos para proteger e apoiar os seus recursos naturais e os guardas-florestais que o protegem, destacando a liderança do ministro da Terra, Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia.

"O Governo de Moçambique implementou leis penais contra os caçadores furtivos e tráfico transnacional de artigos provenientes da caça furtiva, e as autoridades judiciais moçambicanas já processaram criminosos", declara-se na mensagem.

O embaixador norte-americano considerou corajosa a decisão das autoridades moçambicanas de destruir 2,4 toneladas de marfim e mais de 193 quilos de cornos de rinoceronte, no início do mês passado, confiscadas de traficantes de peças de caça furtiva.

"A resposta do Governo de Moçambique foi resoluta, reconheceu que, sob as regras internacionais, esta reserva de marfim não podia ser vendida legalmente", afirmou Douglas Griffiths.

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