"Estamos profundamente inquietos com a prisão de ativistas pacifistas", referiu John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado, numa declaração a poucos dias da visita história histórica a Havana do secretário de Estado John Kerry.
Cerca de 90 cubanos foram detidos no domingo em Havana quando se manifestavam contra a reabertura da embaixada dos Estados Unidos em Cuba, usando máscaras com a cara de Obama.
De acordo com a agência noticiosa francesa France Presse, as pessoas foram detidas depois de terem participado numa marcha do grupo Damas de Branco, um movimento de oposição ao regime de Cuba que pede a libertação de presos políticos.
"Ele [Barack Obama] é responsável pelo que se passa, o governo cubano encorajou-se com as negociações com Washington", afirmou o analista político Ángel Moya, pouco antes de ser detido.
Ainda assim, Ángel Moya espera que o presidente dos Estados Unidos "imponha condições ao governo de Cuba para que parem as violações de direitos humanos".
As detenções acontecem dias antes da reabertura, marcada para sexta-feira da embaixada dos Estados Unidos em Havana, num sinal histórico de reaproximação diplomática entre os dois países.
Na reabertura da embaixada em Havana estará presente o chefe da diplomacia de Washington, John Kerry.