As pessoas estão em quarentena em Sella Kafta, na região de Kambia (noroeste), porque são consideradas "de alto risco", tendo tido contactos com este novo caso de Ébola, uma vendedora que morreu a 28 de agosto na aldeia, explicou Ibrahim Sesay, chefe do grupo de crise do Centro Nacional de Controlo do Ébola (NERC).
A última doente de Ébola na Serra Leoa tratada com sucesso no país saiu do hospital no dia 24 de agosto.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declara um país livre de Ébola 42 dias -- duas vezes a duração máxima do período de incubação -- após o último caso conhecido da febre hemorrágica.
"Estamos a realizar um inquérito epidemiológico para determinar a origem da contaminação. O que sabemos até agora é que a mulher morta esteve doente entre cinco e 10 dias sem que alguém assinalasse o caso" ao serviço de alerta anti-Ébola, disse Sesay à rádio privada local Air.
Segundo habitantes contactados pela agência France Presse a partir da capital da Serra Leoa, Freetown, o reaparecimento do Ébola trouxe desânimo à aldeia e às localidades vizinhas.
Habitantes e fontes independentes indicam que a vendedora não se deslocou recentemente à Guiné-Conacri ou à Libéria, países vizinhos também afetados pela epidemia de Ébola.
A epidemia de Ébola que afetou a África Ocidental é a mais grave desde a identificação do vírus em 1976. Desde o final de 2013 causou cerca de 11.300 mortos entre um pouco mais de 28.000 infetados, na sua quase totalidade na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, segundo a OMS.