Na conferência de imprensa diária, em Bruxelas, a porta-voz informou sobre a preparação de um sistema "mais permanente" para ser ativado de forma automática em caso de crise, mas escusou-se a especificar que tipo de medidas está previsto.
Respondendo a questões sobre o número de pessoas que cada Estado-membro deve acolher, a porta-voz para a emigração da CE, Natacha Bertaud, indicou estarem a ser aceleradas as medidas que estavam previstas apenas para o final do ano.
"Haverá uma redistribuição proporcional", disse Natacha Bertaud, acrescentando que a distribuição será feita de forma "justa".
No mesmo briefing, Margaritis Schinas, porta-voz do presidente da CE, lembrou que a proposta para acolher 40 mil refugiados "ainda está dependente da regra da aprovação maioritária do Conselho".
O mesmo responsável recusou que "se apontem dedos" na questão da crise da migração.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou terça-feira que mais de 350.000 migrantes atravessaram o Mediterrâneo desde janeiro e mais de 2.600 morreram no mar quando tentavam chegar à Europa.
Segundo os últimos dados da OIM, 234.778 chegaram à Grécia e 114.276 a Itália, enquanto mais de 2.000 alcançaram a Espanha e cerca de uma centena chegou a Malta.
Em todo o ano de 2014, o número de migrantes que atravessou o Mediterrâneo ascendeu a 219.000, tendo morrido ou desaparecido no percurso 3.500, segundo as Nações Unidas.
