Dezassete mortos em confrontos no Tajiquistão

Oito polícias e nove alegados membros de uma milícia morreram hoje em dois tiroteios no Tajiquistão, pelos quais o Governo culpou um vice-ministro da Defesa e a moderada oposição islâmica do país.

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Lusa
04/09/2015 19:02 ‧ 04/09/2015 por Lusa

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Um grupo armado matou quatro polícias num tiroteio ocorrido ao princípio da manhã nos arredores da capital, Duchambe, e outros quatro foram mortos noutra troca de tiros na cidade de Vahdat, mesmo junto à capital, indicou o Ministério do Interior.

Ao todo, nove elementos de uma milícia morreram durante os ataques, precisou o ministério, acrescentando que mais seis foram detidos.

"O grupo terrorista foi liderado pelo vice-ministro da Defesa, Abdulahim Nazarzoda", referiu um porta-voz da polícia citado pela agência de notícias francesa AFP.

O Governo anunciou depois que Nazarzoda tinha sido demitido do cargo "devido a um crime cometido".

O Ministério do Interior disse que Nazarzoda lutou ao lado da Oposição Tajique Unida durante a guerra civil de cinco anos que terminou em 1997.

As autoridades indicaram também que o vice-ministro da Defesa era membro do Partido do Renascimento Islâmico do Tajiquistão (PRIT) que o Governo ilegalizou na semana passada.

A embaixada dos Estados Unidos no Tajiquistão fez saber que está temporariamente encerrada e aconselhou os funcionários norte-americanos a não levarem as suas crianças às escolas locais.

"Apesar de o alcance destes acontecimentos não ser claro, eles poderão ser precursores de outros atos de violência", afirmou a embaixada em comunicado.

Os utilizadores de Internet no país relataram bloqueios na rede social Facebook, no Youtube e na rede social russa Odnoklassniki.

Esta recente onda de violência surgiu no âmbito de crescentes tensões no país pós-soviético de maioria muçulmana mas secular, de oito milhões de habitantes, por causa do papel do Islão na vida pública.

Na semana passada, o Ministério da Justiça emitiu uma proibição ao funcionamento do PRIT, o único partido islâmico legal na ex-União Soviética, numa jogada que analistas consideraram que iria radicalizar a oposição.

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