Num editorial intitulado "Estados Unidos deveriam assumir a culpa pela crise humanitária dos refugiados na Europa", citado pela agência EFE, a agência oficial do Governo chinês considera que "os milhões de pessoas ficam horrorizadas ao ver a fotografia do menino morto e deveriam compreender que o principal responsável" da crise dos refugiados na Europa são os EUA.
"As principais origens dos refugiados -- Síria, Líbia, Iraque e Afeganistão -- são alvos de intervenções norte-americanas, que levaram à devastação e aos caos e deterioraram a segurança local", avança o artigo, que dá a conhecer pela primeira vez a reação da China à crise das migrações.
Ainda no artigo na agência oficial do Governo, lê-se que "enquanto os países europeus estão a ser acusados de incapacidade e indiferença" para resolver o problema, os Estados Unidos não se deram conta da sua obrigação moral para enfrentar o desastre e atacar a base do problema".
A agência Xinhua destaca as intervenções militares dos Estados Unidos no Médio Oriente, considerando que, embora tenha retirado as tropas de países como o Iraque e o Afeganistão, "deve continuar a assumir a responsabilidade de ter destabilizado estes países e deixá-los no caos".
As 28 nações da União Europeia estão bastante divididas sobre o que fazer em relação aos fluxos de migrantes, a maior parte pessoas que abandonaram os seus países para fugir aos conflitos que grassam no Médio Oriente e Norte de África.