Cavaco pede à Guiné-Bissau que coloque medos do povo "em primeiro"

O Presidente da República, Cavaco Silva, exortou hoje os líderes da Guiné-Bissau a colocarem "em primeiro lugar as preocupações do povo guineense", assegurando que a comunidade internacional continuará a trabalhar para procurar uma solução para o país.

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Lusa
08/09/2015 13:26 ‧ 08/09/2015 por Lusa

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Encontro

Falando no final de uma audiência concedida ao chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, no Palácio de Belém, o chefe de Estado português disse que "Portugal é solidário" com o povo guineense, referindo que a destituição do Governo era "a última coisa desejável".

"Portugal é solidário com o povo da Guiné-Bissau e consideramos que o povo da Guiné-Bissau tem tido um comportamento notável face aos acontecimentos mais recentes naquele país. Esta crise política era a última coisa que desejaríamos para a Guiné-Bissau neste momento, depois da esperança que tinha sido criada com as eleições do ano passado e depois da conferência que teve lugar em Bruxelas que disponibilizou apoios financeiros muito significativos para o desenvolvimento da Guiné-Bissau", disse Cavaco Silva.

O Presidente português sublinhou que "Portugal e Senegal continuarão a trabalhar juntos para contribuírem para a normalização da situação na Guiné-Bissau, tal como a CEDEAO, União Europeia, CPLP trabalharão em conjunto e também com o Conselho de Segurança da ONU para que os atores políticos guineenses se entendam e coloquem em primeiro lugar as suas preocupações o respeito pelo povo guineense e o seu desenvolvimento".

Em declarações aos jornalistas, o Presidente senegalês também destacou a necessidade de diálogo entre as autoridades políticas do país, visando restaurar a estabilidade e garantiu que a comunidade internacional vai continuar a trabalhar na busca de uma solução para a Guiné-Bissau.

"Esperamos que com o apoio da CPLP, União Europeia e as Nações Unidas possamos acompanhar as autoridades guineenses e a classe política a saírem desta tempestade", disse Macky Sall.

O Presidente guineense demitiu, em agosto último, o primeiro-ministro eleito, Domingos Simões Pereira, nome que voltou a ser apresentado pelo partido que venceu as eleições, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), mas que José Mário Vaz rejeitou, nomeando Baciro Djá para chefe do Governo, que tomou posse na segunda-feira.

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