Uma adolescente yazidi que foi mantida como escrava sexual de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do ISIS, fez um relato chocante sobre as condições em que foi mantida refém a norte-americana Kayla Mueller, cuja morte foi anunciada pelo Estado Islâmico em fevereiro deste ano.
Recorde-se que Kayla, uma mulher de 26 anos oriunda do Arizona, foi capturada pelo Estado Islâmico em agosto de 2013, na Síria, onde se encontrava em missão humanitária.
Em declarações prestadas ao Daily Mail, Muna, de 16 anos de idade, confirmou que a norte-americana foi mesmo noiva de al-Baghdadi.
Muna tinha sido transportada para uma prisão para mulheres em Raqqa e foi aí que, alegadamente, conheceu Kayla.
Logo em agosto, quando foi capturada pelo ISIS, os jihadistas arrancaram as unhas da norte-americana para que esta dissesse se era ou não casada (o seu namorado pediu que Kayla fosse libertada por serem casados). Kayla disse a verdade, que não era casada, e foi assim que al-Baghdadi se tornou seu noivo.
A norte-americana foi depois transportada para uma casa, juntamente com a jovem yazidi, onde terá sido repetidamente violada pelo líder do ISIS.
Muna conseguiu fugir com mais uma refém mas Kayla recusou-se porque temia sofrer o mesmo destino que o seu “amigo”, James Foley, que fora decapitado. A adolescente acabou por ser resgatada por soldados curdos.