O líder social-democrata, que nega as acusações, vai ser o primeiro chefe de Governo romeno a ser julgado em funções.
Victor Ponta, 42 anos, participava numa reunião do Conselho Supremo de Defesa quando a decisão judicial foi anunciada e ainda não fez qualquer comentário.
Na segunda-feira, numa entrevista, afirmou que iria "respeitar a decisão dos juízes, seja qual for", mas que ia manter-se em funções até às eleições, previstas para novembro de 2016.
O primeiro-ministro é acusado de "17 infrações de falsificação de documentos, cumplicidade em evasão fiscal e branqueamento" de dinheiro por factos que remontam aos anos entre 2007 e 2011, quando era advogado e deputado.
Ponta é suspeito de ter recebido o equivalente a 55.000 euros de um aliado político, Dan Sova. Para justificar a verba, recebida em várias prestações mensais, terá passado 17 recibos de honorários falsos relativos a trabalhos para o escritório de Sova.
Dan Sova, nomeado por três vezes ministro em governos de Victor Ponta até se demitir em 2014, também vai ser julgado por cumplicidade em abuso de poder, evasão fiscal e branqueamento de capitais.
No poder desde maio de 2012, Victor Ponta tem recusado os apelos para que se demita lançados pelo Presidente, Klaus Iohannis, e pela oposição de centro-direita.
O primeiro-ministro, apoiado por uma confortável maioria no parlamento, derrotou três moções de censura apresentadas pela oposição, a última das quais em agosto.