Dois principais partidos em reuniões para formação do novo Governo

O PAIGC e o PRS, principais forças políticas na Guiné-Bissau, têm estado em reuniões nos últimos dias com vista à formação de um novo Governo a ser liderado por Carlos Correia, disse hoje o secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS).

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Lusa
21/09/2015 18:58 ‧ 21/09/2015 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

Florentino Mendes Pereira, que falava à imprensa à entrada para uma reunião da comissão política do PRS, disse aos jornalistas que o seu partido esteve reunido com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) no domingo e hoje para analisarem os mecanismos para a formação do Governo de Carlos Correia.

Nas duas reuniões, prosseguiu Mendes Pereira, o PRS recebeu um convite formal do PAIGC, o que, disse, será analisado pela comissão política para apresentar uma resposta nos próximos dias sobre se o partido entra ou não para o Governo.

O secretário-geral dos "renovadores" guineenses disse que a direção vai auscultar a comissão politica sobre que resposta a dar e quais as condições para a entrada do PRS no executivo de Carlos Correia.

A reunião da comissão política, presidida pelo líder do PRS, Alberto Nambeia, que fora convocada para as 14:00 (15:00 em Lisboa) começou às 17:00 devido ao facto de a direção se encontrar em conversações com o PAIGC, indicou Florentino Mendes Pereira.

O dirigente do PRS indicou também ser quase impossível ainda hoje o partido dar uma resposta, uma vez que depois de receber um mandato da comissão política voltará à mesa das negociações com o PAIGC.

A Guiné-Bissau está sem Governo desde o dia 12 de agosto, quando o Presidente do país, José Mário Vaz, exonerou o executivo que era liderado por Domingos Simões Pereira. Pelo meio ainda nomeou Baciro Djá primeiro-ministro e este formou o seu Governo, mas o Supremo Tribunal de Justiça considerou esta nomeação inconstitucional por não respeitar os resultados das eleições.

Carlos Correia, de 81 anos, foi o nome indicado pelo PAIGC, partido vencedor das eleições, para chefiar o Governo e foi nomeado primeiro-ministro no dia 17 deste mês e agora tenta formar o seu executivo.

 

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