A proposta foi entregue pessoalmente pelo primeiro-ministro, Carlos Correia, ao Presidente, José Mário Vaz, que prometeu analisar as figuras indicadas e convocar o líder do Executivo para as discutirem.
Questionado sobre a data em que o Governo será conhecido, Carlos Correia disse que tudo dependerá das discussões que terá com o Presidente.
Pela vontade do próprio chefe do Governo, a discussão poderia ter lugar hoje "e fechar tudo", lembrando que "afinal quem propõe" os nomes "é o primeiro-ministro" e o Presidente nomeia.
"Não posso falar pelo Presidente, só o alertei que quem cria a estrutura do Governo, escolhe os ministros é o primeiro-ministro", frisou.
Carlos Correia admitiu que o Governo "será de base alargada", com as demais forças políticas, mas recusou-se a comentar se o Partido da Renovação Social (PRS), segundo maior partido no Parlamento, fará parte do Executivo.
"Terão que perguntar isso ao PRS", disse Carlos Correia, perante a insistência dos jornalistas.
Da mesma forma nada adiantou sobre se o ex-primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, integrará o novo elenco.
Fontes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de que Simões Pereira é líder, indicaram à Lusa que o ex-primeiro-ministro deverá figurar no novo Executivo como ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Assuntos Parlamentares e como porta-voz do Governo.
Confrontado na quinta-feira com esta possibilidade, Domingos Simões Pereira não desmentiu, nem confirmou, tendo remetido a questão para Carlos Correia.
Hoje, o primeiro-ministro confirmou que o executivo terá 34 elementos, mais quatro em relação ao Governo que era chefiado por Domingos Simões Pereira e que foi demitido pelo Presidente José Mário Vaz, a 12 de agosto.