Guiné-Bissau: PRS refuta responsabilidades em crise política

O Partido da Renovação Social (PRS), segunda maior força politica no Parlamento da Guiné-Bissau, refutou responsabilidades na falta de entendimento com o PAIGC para formação de um novo Governo, referiu o porta-voz do PRS.

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Lusa
07/10/2015 17:29 ‧ 07/10/2015 por Lusa

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Parlamento

O PRS "esperava do PAIGC um 'obrigado'", após um ano em que o grupo parlamentar apoiou todas as iniciativas do Governo, referiu o porta-voz, Vítor Pereira.

Em vez disso, recebeu uma proposta que o partido considerou inadequada.

Caso houvesse acordo, o PRS manteria as pastas que já detinha no anterior Governo: três ministérios - da Energia, Comércio e Função Pública - e duas secretarias de Estado - Gestão Hospitalar e Segurança Alimentar.

Receberia mais duas áreas, mas sem saber quais, explica Vítor Pereira, que critica a situação - e nega que tivessem sido oferecidas oito pastas ao PRS.

Por outro lado, as matérias que já geria na governação anterior têm "competências esvaziadas" na nova orgânica, acrescentou.

O porta-voz do partido acusa ainda o PAIGC de ter condicionado a indicação de nomes do PRS para o novo Executivo.

Em troca, o partido maioritário pedia "um apoio integral" na governação e no Parlamento, sublinhou Vítor Pereira, que concluiu dizendo que o PRS não podia aceitar "um vexame".

Num encontro, na terça-feira, com os diplomatas internacionais, o ex-primeiro-ministro e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, afirmou que o seu partido tinha feito tudo para haver acordos, mas mesmo assim não foi possível chegar a um entendimento para que o PRS entrasse no novo Governo.

As posições entre os dois partidos crisparam-se em setembro quando o PRS assumiu uma posição contrária à da direção do PAIGC e aceitou integrar um Governo liderado por Baciro Dja, primeiro-ministro escolhido pelo Presidente da República e refutado pelo partido de Simões Pereira.

O chefe de Estado deu posse à nova equipa no dia 07, mas o Supremo Tribunal de Justiça declarou a nomeação de Baciro Dja inconstitucional no dia 09, devolvendo o assunto aos órgãos do partido maioritário no Parlamento.

O PAIGC propôs o veterano Carlos Correia para primeiro-ministro, empossado no dia 17 de setembro, levando o atual processo de formação de Governo, que ainda decorre.

A Guiné-Bissau está sem Executivo desde 12 de agosto, dia em que José Mário Vaz demitiu Simões Pereira e a sua equipa.

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