De acordo com o jornal El Mundo, Manuel Fernández Castiñeiras escreveu 15 páginas onde relata uma série de acontecimentos que colocam em causa a posição do clero e dos laicos no templo católico.
O antigo electricista da Catedral de Santigo de Compostela confessa, na carta, que "demorou algum tempo a pensar como fazer com que as pessoas tivessem consciência do que acontecia na Catedral" e relata casos concretos com sacerdotes, que caracteriza como "atitudes que vão além do humanamente parental".
Manuel Fernández Castiñeiras revela ter presenciado relações sentimentais "intensas", que incluíam "palmadinhas no rabo", e até relações sexuais, de acordo com o El Mundo.
Mas os escândalos na Igreja denunciados pelo antigo electricista não ficam por aqui. Nos seus textos, Castiñeiras denuncia ainda casos de roubo de dinheiro dizendo ser uma prática habitual "pôr a mão nas ofertas", que presenciou em várias ocasiões.
Em julgamento devido ao roubo do Códice Calixtino, o antigo trabalhador da catedral diz, por fim, que "as pessoas nunca saberão a tristeza que sinto e senti durante estes anos por ter visto tudo o que vi".