Um filósofo e pedagogista espanhol, José António Marina, acredita que uma parte do salário dos docentes “podia estar relacionada com a avaliação de toda a escola, de maneira a que se fomente a implicação de todos os professores no projeto educativo”.
De acordo com o El País, Marina, que o ministro da Educação Íñigo Méndez de Vigo encarregou de elaborar o ‘Livro branco da função docente’, sustenta que os alunos têm que ser avaliados mas os professores e as escolas também.
“Os bons professores não podem receber o mesmo que os maus”, afirmou o especialista, no seu trabalho mais recente: ‘Despertad al diplodocus. Una conspiración educativa para transformar la escuela.. Y todo lo demás’.
“Seria um ato criminoso que os médicos não atualizassem os seus conhecimentos, mas somos mais condescendentes com os docentes que não o fazem. (…) Há que avaliar também a função docente (vendo-o atuar na sala de aula), aos diretores, aos inspetores e também aos responsáveis pela administração”, indica o autor no mesmo livro.
A publicação recorda que os professores espanhóis são os que passam por menos controlo externo, juntamente com os italianos, de acordo com um estudo da OCDE sobre a função docente publicado em 2014.