Um vídeo captado de forma incógnita revela as condições comuns e absolutamente brutais em que funciona um matadouro no Minnesota, nos Estados Unidos.
O matadouro em causa, de que o Huffington Post dá conta, trabalha exclusivamente para a Hormel, empresa detentora da SPAM, uma marca de produtos alimentares enlatados que não é comercializada em nenhuma grande superfície portuguesa. Ainda assim, as imagens brutais, além de chocantes, mostram como a falta de supervisão pode abrir caminho a situações de autênticos abusos, não só sobre os animais mas também no que diz respeito `qa saúde de consumidores.
No vídeo vemos não só o prazer que alguns trabalhadores retiram de espancar animais, mas também um outro que admite que se a USDA, a entidade norte-americana que regula as condições sanitárias em matadouros soubesse do que se passa, o tal matadouro fechava.
Entre os supervisores, que seriam responsáveis pelas condições de segurança, há um que está a dormir e outro que dá urros de alegria, acompanhando o processo. Mas há também outras regras claramente violadas, como animais em particular sofrimento em fases adiantadas do processo.
Para os consumidores, que já correm o risco de a qualidade da carne ser afetada devido ao tipo de processo envolvido (que no caso é de particular stress para os animais, algo que afeta a qualidade da própria carne), há também imagens no vídeo que revelam como animais doentes, alguns sujos de fezes e de quistos carregados de pus, seguem diretamente para a fase de processamento, lado a lado com animais saudáveis.
O vídeo divulgado pela Compassion Over Killing (COK) que chegou à USDA inclui várias horas de filmagens. A versão que aqui publicamos é uma versão editada pela COK.
Entretanto, segundo a Associated Press, a fábrica, a Quality Pork Processors, em Austin, no Minnesota, já foi informada e puniu disciplinarmente dois empregados. Um deles por violação de regras que não foram especificadas, sem se saber qual o castigo. Outro recebeu um aviso escrito e terá de repetir um processo de formação.
A Quality Pork Processors salienta no seu próprio site que garante mais de metade da carne processada da Hormel, um ‘gigante’ no setor nos Estados Unidos.