"Lamentavelmente, a comunidade internacional continua a ser parceira na morte das esperanças dos palestinianos, ao facultar à potência ocupante [Israel] a cobertura diplomática que precisa para continuar os seus crimes", disse o dirigente palestiniano em comunicado.
Numa nota por ocasião da Declaração de Argel de 1988, por Yaser Arafat, na qual proclamou nominalmente a independência do Estado palestiniano, Erekat recordou que para o seu povo esse foi um "momento de esperança, mas também um compromisso histórico doloroso", dado que a OLP reconheceu nela a existência de Israel em cerca de 78% do território da Palestina histórica.
Desde então, denuncia, "Israel continua a rejeitar o reconhecimento de um Estado palestiniano" e "continua a destruir as bases para uma solução de dois Estados até ao pondo de serem poucos os que acreditam que este objetivo se possa alcançar".
"Nas últimas três décadas a população de colonos israelitas triplicou e as políticas israelitas, incluindo as de roubo de terras, recursos naturais, e a deslocação forçada e os castigos coletivos, continuam a atropelar os direitos fundamentais palestinianos", destaca numa queixa à comunidade internacional.
E afirma, nesse sentido, que a comunidade internacional "concedeu impunidade ao Governo de Israel nas suas políticas de colonização e de 'apartheid'".
A Declaração de Argel, alcançada depois de décadas de luta armada palestiniana e ataques terroristas, marcou um ponto de viragem crucial nas relações entre palestinianos e israelitas.
O documento abriu caminho para os acordos de Oslo, em 1993, em que ambas as partes se reconheceram mutuamente e acordaram iniciar negociações para resolver o conflito, um processo que ficou truncado em 2000.