No início de Janeiro o mundo acordou para um ataque dentro da redação de um jornal em França. Acordava-se para um horror que há muito deixou de se circunscrever ao mundo islâmico. Um horror que ceifa milhares de vidas, muitas para além das contabilizadas nas redações da imprensa ocidental, e que marcou de forma definitiva o ano que agora termina.
Camarões, Filipinas, Nigéria, Mali, Iémen, Somália, Egito, Arábia Saudita, Afeganistão, Líbia, Índia, Jerusalém, Turquia, Quénia, Iraque, Tunísia. Locais que foram alvo de ataques terroristas todos os meses, durante todo o ano. Os incidentes documentados apontam para mais de 100 atentados ao longo de 2015, até ao momento de publicação desta revista.
Na Europa (e no Ocidente) a memória coletiva lembra-se a vivas cores de Paris, de San Bernardino, de Copenhaga. Este ano de 2015 deixa escrito a preto a ameaça incontornável do extremismo islâmico, da sua barbárie, não só em solo estrangeiro como dentro de fronteiras.
O alcance de grupos terroristas como o Daesh (ISIS) tornou-se demasiado perigoso para ser menosprezado. A sua ação tem efeitos indeléveis a nível mundial, tendo em conta as milhares de pessoas refugiadas que acorreram em auxílio dos países mais próximos.
A travessia do Mediterrâneo tornou-se num “cemitério em massa” para os refugiados, que em desespero para fugir aos horrores dos conflitos se aventuram por trilhos igualmente mortíferos em busca de um futuro melhor. Refugiados chegam não só do Afeganistão e da Síria como de regiões do Norte de África para fugir à morte e à guerra.
Estes dois flagelos – o terrorismo e as migrações –, que tantas mortes causaram, tornaram-se nos dois temas mais importantes de 2015. Na galeria acima pode recordar estes e outros dos momentos mais marcantes do ano a nível mundial.