A porta-voz Catherine Ray do executivo comunitário informou que a Alta Representante da União Europeia (UE) para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, esteve domingo em contacto com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países.
"Qualquer atividade violenta deve ser evitada e esperamos que os poderes ajam responsavelmente numa situação muito volátil. Vamos continuar a seguir muito de perto a situação e a manter contactos com os nossos parceiros. Todas as partes devem evitar a escalada de tensão", afirmou a mesma fonte.
A execução do líder religioso gerou tensões no Médio Oriente, com os países de maioria xiita a condenarem a morte do clérigo e as missões diplomáticas sauditas no Irão a serem atacadas por multidões furiosas.
Já no sábado, a chefe da diplomacia europeia tinha expressado "sérias preocupações", advertindo que a execução poderia ter "perigosas consequências" para uma região já carregada de tensões sectárias.
"O caso específico do xeque Nimr al-Nimr levanta sérias preocupações relativamente à liberdade de expressão e ao respeito de direitos civis e políticos básicos, que devem ser salvaguardados em qualquer situação, mesmo no âmbito da luta contra o terrorismo", disse.
Al-Nimr era um dos impulsionadores dos protestos que se iniciaram em 2011 no leste do país, e a sua execução desencadeou uma reação de ira por todo o Médio Oriente, com o Irão a avisar que Riade pagará um "preço elevado".
Entre os outros executados, estavam sunitas condenados por envolvimento em ataques mortais da Al-Qaida, afirmando o Governo saudita que todos os 47 eram culpados de adotar ideias radicais, tendo-se juntado a "organizações terroristas" e participado em várias "conspirações criminosas".
A Arábia Saudita anunciou no domingo o corte de relações diplomáticas com o Irão.