No último conclave, que elegeu em 2005 Bento XVI, D. José Policarpo foi a Roma de borla. Lembra o i que o patriarca de Lisboa teve direito a usar o Falcon do Governo, posto à sua disposição, na altura, pelo primeiro-ministro, José Sócrates. Mas, segundo consta, o mesmo não aconteceu este ano e o cardeal chegou ao Vaticano pelos seus próprios meios.
A investigação que o i realizou para saber o preço médio de uma viagem de ida e volta para Roma, e partindo do pressuposto que os cardeais optam pela classe económica e pelas companhias áreas que praticam preços mais baixos, conclui que as viagens do conclave dos 115 cardeais custaram no mínimo 643 mil euros.
Contas feitas, e a América representa o maior gasto em termos de viagens: os 29 cardeais eleitores originários da América do Norte e da América do Sul são responsáveis por uma despesa superior a 386 mil euros. Os 27 europeus, à excepção dos italianos, terão gasto, no mínimo, 230 mil euros, enquanto os oito cardeais asiáticos cerca de 120 mil euros, e os dez africanos pouco mais de 12 mil euros.
E a factura? Quem paga? Fontes eclesiásticas explicaram ao i que cabe às conferências episcopais de cada país organizar as viagens dos seus bispos e cardeais. Contudo, estes procedimentos podem variar, não existindo regras escritas.