Paquistão detém cinco homens envolvidos no atentado de quarta-feira

As forças de segurança do Paquistão anunciaram hoje a detenção de cinco homens acusados de ajudar a organizar o ataque terrorista de quarta-feira a uma universidade no noroeste do país, que matou 21 pessoas.

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© Reuters

Lusa
23/01/2016 18:50 ‧ 23/01/2016 por Lusa

Mundo

Segurança

"Cinco cúmplices foram presos um outro, a que chamarei de terrorista, estava ainda em fuga", disse hoje o general Asim Bajwa durante uma conferência de imprensa em Pwshawar, transmitida pelas televisões.

De acordo com este responsável, o terrorista organizou o transporte de quatro homens que, com armas de assalto e granadas, atacaram estudantes no recinto da Universidade Bacha Khan em Charsadda, antes de serem mortos pela polícia.

O chefe da polícia regional, Saeed Wazir disse que a operação policial contra os atacantes estava terminada e que as forças de segurança estavam a limpar a área.

O ataque foi reivindicado pelo grupo talibã Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), tendo um comandante dos insurgentes, Umar Mansoor, confirmado à AFP que "quatro 'kamikazes'" atacaram a universidade.

Segundo a mesma fonte, o ataque foi uma resposta à "operação Zarb-e-Azb", uma ofensiva antiterrorista lançada pelos militares que está em curso mas zonas tribais do nordeste do Afeganistão.

Os homens armados invadiram a universidade de manhã. Polícia, soldados e forças especiais entraram depois na universidade por via terreste e aérea, para conterem o assalto, enquanto imagens de televisão mostravam estudantes a fugirem.

"Mais de 30 outras pessoas, incluindo alunos, pessoal e guardas da segurança foram feridas", acrescentou o chefe da polícia regional, Saeed Wazir à AFP.

O porta-voz do exército, o major general Asim Bajwa, disse no Twitter que quatro dos atacantes tinham sido mortos.

Os estudantes falaram de um professor herói -- designado pela imprensa como Syed Hamid Hussain -- que combateu os intrusos, disparando a sua arma.

Este ataque foi semelhante a um assalto talibã a uma escola dirigida pelo exército em Peshawar, em dezembro de 2014, que matou mais de 150 pessoas, a maioria crianças.

Na terça-feira, um ataque suicida num mercado nos arredores da cidade de Peshawar matou 10 pessoas, além do bombista-suicida.

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