"O chamado Estado Islâmico desenvolveu uma nova capacidade de combate para lançar uma campanha de ataques terroristas em grande escala a nível global, com especial foco na Europa", disse Wainwright, citado pela agência France Presse.
"O chamado Estado Islâmico tem a vontade e a capacidade para lançar mais ataques na Europa e, naturalmente, as autoridades nacionais estão a trabalhar para impedir que isso aconteça", acrescentou.
Wainwright apresentava à imprensa as conclusões de um novo relatório da Europol sobre mudanças na forma de funcionamento do grupo 'jihadista', que coincide com a abertura do novo centro antiterrorista da agência em Haia.
O Estado Islâmico reivindicou os atentados de 13 de novembro em Paris, que fizeram 130 mortos, divulgando no domingo um vídeo em que aparecem os alegados nove autores dos ataques e em que ameaça os "países da coligação" que combate as forças do grupo no Iraque e na Síria desde setembro de 2014.
"O Estado Islâmico está a preparar mais ataques terroristas em Estados membros da União Europeia e em particular em França", segundo as conclusões do relatório da Europol.
"Os ataques serão principalmente dirigidos a alvos fáceis, pelo impacto que geram. Tanto os ataques de novembro em Paris como o abate em outubro de um avião russo sugerem uma mudança na estratégia do Estado Islâmico no sentido global".