Num espaço de poucos dias, três comandantes do Estado Islâmico foram abatidos a tiro. Até à data, não foi apurada nenhuma autoria dos ataques, mas o La Vanguardia e um jornal líbio, o Libya Herald, suspeitam que os disparos tenham sido feitos por um sniper.
As mesmas fontes enumeram os ataques e a respetiva ordem cronológica: no passado dia 15, o comandante sudanês Hamad Abdel Hady, conhecido por Abu Anas al-Muhajir, foi morto a tiro enquanto circulava numa estrada em direção a Bengazi. Quatro dias depois, no dia 19, o mesmo aconteceu a Abu Mohamed al-Dernaui, que morreu perto da sua residência. O último caso aconteceu no passado sábado, dia 22, onde o comandante tuaregue Abdulah Hamad a-Ansari foi morto à saída de uma mesquita em Sirte.
Perante estes assassinatos em série, o Libya Herald não só remete a autoria para o alegado sniper como, cita o La Vanguardia, “especula sobre a possibilidade de existir uma rede de apoio ao atirador de elite. Um especialista deste tipo necessita de informação fidedigna para além de ser capaz de se posicionar no local mais adequado e ter vias de escape asseguradas despois de efetuar o disparo mortal”.
Também na sequência destas suspeitas, um outro jornalista italiano, de nome Daniele Rainere, publicou na sua conta do Twitter imagens com o mapa dos três sítios onde o atirador terá feito os disparos.
Recorde-se que a cidade de Sirte, onde nasceu e morreu o ditador Kadhafi, está neste momento à mercê dos jihadistas. Quanto ao país, vive dividido entre o governo de Bashar al-Assad e de um outro, o do autoproclamado Estado Islâmico.