"Condeno firmemente o lançamento pela Coreia do Norte de um míssil utilizando a tecnologia de mísseis balísticos e que se segue aos testes de armas nucleares da Coreia do Norte a 6 de janeiro", declarou Jens Stoltenberg num comunicado.
O norueguês sublinha que o lançamento representa uma violação direta de cinco resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"A Nato continua a apelar às autoridades norte-coreanas para se submeterem às suas obrigações no âmbito da lei internacional, a não (...) conduzirem novos lançamentos com recurso a tecnologia de mísseis balísticos e a absterem-se de qualquer outra nova ação provocadora", adianta Stoltenberg no comunicado.
A Coreia do Norte anunciou hoje que lançou um míssil de longo alcance, às 09:00 locais (00:30 em Lisboa), que a comunidade internacional considera ser um teste de mísseis balísticos encoberto.
Peritos da Coreia do Sul estimam que o míssil possa ter um alcance de mais de 10 mil quilómetros, uma distância superior à que separa a península coreana do território continental dos Estados Unidos da América.
A 06 de janeiro, Pyongyang realizou um teste nuclear e anunciou na semana passada o lançamento, este mês, de um foguetão transportando um satélite, que a maioria da comunidade internacional vê como uma dissimulação para um teste de mísseis balísticos que viola resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se de urgência hoje, em Nova Iorque, por causa do lançamento deste míssil, noticiou a agência France Presse, citando fontes diplomáticas.
A reunião foi pedida pelos Estados Unidos e pelo Japão, membros do Conselho de Segurança, e pela Coreia do Sul.
Entretanto, a Coreia do Sul e os Estados Unidos decidiram abrir conversações formais com vista à instalação de um sistema antimísseis norte-americano na península coreana, a que a China se opõe, anunciou hoje o Governo de Seul.