O novo colega era surdo por isso todos aprenderam língua gestual

A integração de crianças com necessidades educativas especiais na Bósnia está prevista na lei, mas na prática não se verifica na maioria das escolas.

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Carolina Rico
08/02/2016 09:40 ‧ 08/02/2016 por Carolina Rico

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Bósnia

Quando, aos seis anos, Zejd Coralic, surdo, entrou para a escola primária, em Sarajevo, na Bósnia, nenhum dos seus colegas conseguia comunicar com ele.

Para o ajudar a integrar-se na turma, a professora Sanela Ljumanovic decidiu que toda a turma devia aprender língua gestual.

Em três meses, os alunos do primeiro ano da escola Osman Nakas já dominam o básico para uma conversa com Zejd, que agora está mais “feliz e motivado”, contou a sua mãe, Mirzana Coralic, citada pelo jornal Metro.

Zejd também está a aprender a ler os lábios para tornar a comunicação com os seus colegas ainda mais fácil.

Em 2003, a Bósnia implementou uma lei para tornar as escolas mais inclusivas. A abrigo desta norma, as crianças com necessidades educativas especiais devem ser integradas em turmas regulares e ter o apoio de um profissional na sala de aula.

Na prática, por questões financeiras, o acompanhamento individual não está a ser concretizado na grande maioria das escolas.

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