"Vamos iniciar um processo de transparência sem precedentes para escolher o novo secretário-geral", disse, em conferência de imprensa, o presidente da Assembleia-Geral, Mogens Lykketoft.
No processo participam as Nações Unidas, mas também, pela primeira vez, várias organizações não-governamentais e entidades da sociedade civil vão estar presentes para colocar questões e entrevistas os candidatos.
Cada candidato vai dispor de duas horas para expor as suas propostas aos representantes da ONU e às distintas organizações não-governamentais e depois daquele encontro também poderá falar com os órgãos de comunicação social.
Esta é a primeira vez que a ONU vai realizar a seleção do secretário-geral com candidaturas públicas, que vão ser avaliadas pela sociedade civil.
Apesar do secretário-geral ser eleito pela Assembleia-Geral da ONU, onde estão representados todos os Estados-membros, o processo tem sido controlado na penumbra pelas potências do Conselho de Segurança, que tradicionalmente recomendam o candidato.
"Existiram iniciativas antes, mas não estão a ocorrer agora e já se pode dizer que é histórico", disse Mogens Lykketoft.
Até agora, seis candidatos anunciaram oficialmente a sua intenção de se candidatarem ao posto da organização por um período de cinco anos.
Apesar do mandato de Ban Ki-Moon só termina em dezembro, o seu sucessor será oficialmente nomeado em setembro durante as reuniões da Assembleia-Geral da ONU.
O ex-primeiro-ministro português e antigo Alto Comissário da ONU para os Refugiados António Guterres anunciou já a sua intenção de se candidatar ao cargo.