G20 vê riscos para a economia mundial no 'Brexit' e na crise dos refugiados

O grupo das 20 maiores economias do mundo (G20) alertou hoje para os riscos que representam para a economia mundial uma possível saída do Reino Unido da União Europeia e o crescente número de refugiados em todo o mundo.

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Lusa
27/02/2016 17:38 ‧ 27/02/2016 por Lusa

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Na declaração do fim da reunião de dois dias em Xangai, na China, que juntou os ministros das Finanças e governadores de Bancos Centrais das 20 maiores economias mundiais, o G20 identificou estas causas entre aquelas que tornam vulnerável a recuperação económica a nível internacional, junto com a queda das matérias-primas, as crescentes tensões geopolíticas e a volatilidade dos mercados.

A incerteza relativa ao 'Brexit' - termo que junta as palavras inglesas 'British' e 'exit', usado para designar a saída do Reino Unido da União Europeia - e o seu impacto na economia mundial não constava dos primeiros esboços das conclusões desta reunião, mas a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que o tema apareceu nas discussões "logo que as reuniões começaram".

Ainda no fecho da reunião do G20, em conferência de imprensa, Christine Lagarde disse que houve um "compromisso renovado" no G20 para reforçar o crescimento económico e conter os riscos, tendo acordado usar "todas as ferramentas" monetárias, fiscais e estruturais para atuar de forma "ampla e coletiva".

Este encontro, que começou na sexta-feira, ficou marcado pela existência de "claras diferenças" entre os Estados-membros, após uma intervenção violenta do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, contra as políticas de estímulo.

Os estímulos orçamentais "perderam sua eficácia" e as políticas monetárias ultra-acomodatícias "poderão tornar-se contraproducentes", tendo em conta "os seus potenciais efeitos adversos", insistiu.

As grandes potências devem concentrar-se nas suas verdadeiras tarefas, como as reformas estruturais, afirmou Schäuble.

Pelo contrário, vários membros do G20, com os Estados Unidos e a União Europeia (UE) na liderança, levantaram as suas vozes em defesa de uma maior flexibilização monetária.

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