Alguns doentes que se encontravam internados disseram à Lusa que preferem "ir para casa" do que ficarem no hospital onde não terão assistência devido à ausência de pessoal médico.
O presidente do sindicato de Técnicos da Saúde, Domingos Sami, lamenta a situação, mas disse que a greve "vai até ao fim", no dia 12, caso não haja "uma resposta positiva do Governo" às reivindicações dos trabalhadores.
Para hoje está prevista uma nova ronda negocial entre o sindicato e o Ministério da Saúde Pública.
Domingos Sami lembra que, por duas vezes, a equipa negocial do sindicato já se encontrou com o Governo "sem qualquer resultado", frisou.
Se até ao dia 12 não houver uma "resposta satisfatória", o STS vai desencadear uma nova paralisação laboral, "desta feita de 15 dias úteis", acrescentou.
Entre as reivindicações, o STS exige do Governo o pagamento de dez meses de salário aos técnicos recém-contratados, o pagamento em retroativo aos técnicos promovidos desde 2010 e o reajuste salarial dos profissionais que, entretanto, se especializaram, mas que continuam a receber a verba relativa a categorias antigas.
O sindicato exige ainda o pagamento de 15 meses de "subsídio de vela", pago aos profissionais que prestam serviço noturno nos centros médicos, mais sete meses de subsídio de isolamento (profissionais colocados em locais de difícil acesso).