O início do julgamento de Beate Zschaepe, único membro sobrevivente de um grupo neonazi acusado de dez homicídios, estava marcado para quarta-feira num tribunal de Munique e foi adiado para 6 de Maio.
A decisão foi tomada após o Tribunal Constitucional da Alemanha ter ordenado aos juízes de Munique que aumentassem o acesso dos ‘media’, atribuindo pelo menos três lugares suplementares a jornalistas estrangeiros.
O Constitucional pronunciou-se depois de uma queixa apresentada pelo jornal turco Sabah contra a forma como o tribunal de Munique atribuiu as 50 acreditações - por ordem de entrada dos pedidos, deixando de fora os jornalistas turcos e gregos, nacionalidades da maioria das vítimas.
Zschaepe, 38 anos, julgada juntamente com quatro presumíveis cúmplices, é acusada de participação nos assassínios, entre 2000 e 2006, de oito imigrantes turcos e um grego, e, em 2007, de uma polícia alemã.
A mulher é também acusada de envolvimento em dois atentados contra comunidades estrangeiras e 15 assaltos a bancos, segundo a ata de acusação.
Os outros dois membros do grupo Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU), Uwe Boehnhardt e Uwe Mundlos, suicidaram-se em Novembro de 2011, durante um cerco policial montado na sequência de um assalto a um banco.
Os quatro cúmplices em julgamento não pertenciam ao grupo e são acusados de ter dado ajuda logística