Papa Francisco condena "trabalho escravo" e lamenta desemprego

O papa Francisco condenou esta quarta-feira as situações de “trabalho escravo” no mundo, referindo-se nomeadamente às condições das vítimas do desabamento de um prédio no Bangladesh onde funcionavam fábricas têxteis.

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Lusa
01/05/2013 11:57 ‧ 01/05/2013 por Lusa

Mundo

1.º Maio

“Um título que me surpreendeu no dia da tragédia do Bangladesh foi ‘Vivia com 38 euros por mês’. Esta era a forma como eram pagas as pessoas que morreram. Isto é chamado trabalho escravo”, declarou o papa durante a homilia que assinalou no Vaticano o 1º de Maio.

As autoridades do Bangladesh elevaram hoje para 402 o número de mortos confirmados na sequência do desabamento de um prédio nos arredores de Daca, onde estavam instaladas fábricas têxteis, há uma semana.

Cinco fábricas operavam no prédio de oito andares que ruiu em Savar, naquele que foi o mais grave acidente industrial do país.

“Hoje, no mundo, esta escravidão está a ser dirigida contra algo bonito que Deus nos deu: a capacidade de criar, de trabalhar, de ter dignidade. Quantos irmãos e irmãs se encontram nesta situação”, disse Francisco na sua homilia.

Referindo-se ao desemprego, o papa lembrou que há muitas pessoas que querem trabalhar mas não podem, considerando que uma sociedade em que “não é dada a todos a possibilidade” de ter um emprego não é uma sociedade justa.

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