O homem atingiu o chefe de Estado enquanto este falava numa cerimónia na cidade de Lutsk, no Noroeste do país, para assinalar o 70.º aniversário do massacre de dezenas de milhares de polacos às mãos de nacionalistas ucranianos, durante a II Guerra Mundial.
O jovem, cuja identidade não foi divulgada, partiu o ovo no ombro de Komorowski, que não sofreu ferimentos.
O manifestante “foi detido”, estando ainda a ser investigados os seus “motivos”, informou um porta-voz da polícia da região de Volhynia.
Durante a cerimónia, na qual participou também o adjunto do primeiro-ministro ucraniano, Kostyantyn Gryshchenko, o Presidente polaco apelou à reconciliação.
“Uma interpretação honesta do passado deve servir a reconciliação e a cooperação entre os nossos povos e os nossos dois Estados independentes”, disse.
O chefe de Estado qualificou o massacre como “uma ferida entre nações irmãs”, que espera “sare rápido”.
Nenhum dos dois Estados quer que a História, nomeadamente o sangrento massacre registado nas regiões de Volhynia e Galicia, em julho de 1943, durante a ocupação nazi, ensombre as relações bilaterais.
A Polónia tem encorajado a Ucrânia a libertar-se da influência da Rússia, no sentido de concretizar, no futuro, a sua ambição de se juntar à União Europeia, alegando que só Moscovo – “que sempre ameaçou a nossa independência e liberdade” – tem a ganhar com eventuais desentendimentos entre Varsóvia e Kiev.
Na busca de um melhor relacionamento, o Parlamento polaco rejeitou na sexta-feira uma proposta da oposição para qualificar o massacre como “genocídio”, optando antes pela designação “limpeza étnica com sinais de genocídio”.