Salafista radical envolvido na morte de Brahmi

O ministro do Interior tunisino acusou hoje um salafista "extremista" de implicação na morte do deputado da oposição Mohamed Brahmi e afirmou que a arma do crime foi a mesma que matou o opositor Chokri Belaïd em fevereiro.

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Lusa
26/07/2013 14:00 ‧ 26/07/2013 por Lusa

Mundo

Tunísia

"Os primeiros elementos do inquérito mostram a implicação de Bubaker Al Hakim, um elemento salafista extremista", disse o ministro, Lotfi Ben Jeddu, em conferência de imprensa.

Ben Jeddu mostrou as imagens de oito suspeitos, entre os quais um identificado como Bubaker Al Hakim, que qualificou como "salafita extremista takfirí (que considera infiéis aqueles que não seguem os seus ensinamentos)" e que disse ser o principal suspeito.

O ministro acrescentou que o suspeito tem antecedentes pela introdução ilegal de armas em território tunisino.

Na mesma ocasião, o governante afirmou que a mesma arma foi usada para matar Brahmi, assassinado na quinta-feira, e Chokri Belaïd, a 06 de fevereiro.

"A arma utilizada para abater Mohamed Brahmi é a mesma que serviu para matar Chokri Belaïd", declarou o ministro.

Segundo o ministério, a arma do crime é uma semiautomática de nove milímetros.

O ministro recordou que até hoje há 14 pessoas suspeitas de envolvimento na morte de Chokri Belaïd, quatro das quais estão detidas.

Tanto Chokri Belaïd como Al Brahmi foram assassinados em frente das suas próprias casas por desconhecidos montados em motorizadas.

Uma das principais figuras da oposição de esquerda nacionalista, o deputado Mohamed Brahmi foi assassinado na quinta-feira a tiro frente à sua casa perto de Tunes, anunciaram os 'media' oficiais e responsáveis do seu partido.

"Mohamed Brahmi, coordenador geral do Movimento popular e membro da Assembleia nacional constituinte foi assassinado por vários disparos de balas frente à sua casa na região de Ariana", indicou a televisão nacional Watanya e a agência oficial TAP. A Watanya precisou que Brahmi foi abatido por 11 balas disparadas por desconhecidos.

As Nações Unidas e a União Europeia já condenaram o atentado, que desencadeou uma série de manifestações ainda durante quinta-feira e motivou a marcação de uma greve geral para hoje.

 

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